sexta-feira, 30 de julho de 2010

Mary e Max - Adam Elliot



" A razão pra eu te perdoar é porque você não é perfeita. Você é imperfeita e eu também. Todos os humanos são imperfeitos, até mesmo o homem do lado de fora do meu apartamento que joga lixo no chão. Quando eu era jovem eu queria ser qualquer pessoa, menos eu. O Dr. Bernard Hazelhof disse que se eu estivesse numa ilha deserta então eu teria que me acostumar com a minha própria companhia, ele disse que eu teria que aceitar a mim mesmo, meus defeitos e tudo o mais e que nós não escolhemos nossos defeitos, eles são parte de nós e nós temos que viver com eles. Mas nós podemos escolher os nossos amigos e eu fico feliz por ter escolhido você. O Dr. Hazelhof também diz que a vida de todo mundo é como uma longa calçada. Algumas são bem pavimentadas. Outras, como a minha, têm fendas, cascas de banana e bitucas de cigarro. Sua calçada é como a minha, mas provavelmente sem tantas fendas. Com esperança, um dia nossas calçadas vão se encontrar, é nós poderemos dividir uma lata de leite condensado. Você é minha melhor amiga. Você é minha única amiga.

Seu amigo de correspondência americano,

Max Jerry Horowitz.
"

Transcrição de parte da última carta, lida no filme Mary e Max.

3 comentários:

Chay Fernandes disse...

"Arrebatamento para a doce realidade" - assim eu classificaria as frases escritas nessa carta. Em muito tempo não emocionava tanto vendo um filme.

Anônimo disse...

Ei minha linda! Assisti este stopmotion recentemente. Não são muitos os filmes que me fazem derramar lágrimas de meus olhos, mas este fez.
.
Beijos! =*****

Beth Almeida disse...

é um dos filmes mais delicados que eu já vi.