terça-feira, 28 de julho de 2009

Aberto - Zélia Duncan


Vou tentar manter o coração aberto pra você,
Apesar dos outros,
Apesar dos medos,
Apesar dos monstros nos meus pesadelos

Vou tentar manter o coração aberto pra você,
Apesar dos trincos,
Apesar dos trancos,
Apesar dos dias repetidos que são tantos.

Eu vou tentar manter o coração aberto pra vc.
Apesar da chuva,
Apesar da rua,
Apesar da hora,
Apesar dos pesares, das canções, dos lugares,
Apesar dos meus pensamentos, dos perigos, dos próximos momentos.

Eu de coração aberto pra você,
de coração aberto pra você.

sábado, 25 de julho de 2009

Tendo a Lua - Herbert Vianna





Eu hoje joguei tanta coisa fora
Eu vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias gente que foi embora.
A casa fica bem melhor assim

O céu de ícaro tem mais poesia que o de galileu
E lendo teus bilhetes, eu penso no que fiz
Querendo ver o mais distante e sem saber voar
Desprezando as asas que você me deu

Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
Mas de bailarinos
E de você e eu.

Eu hoje joguei tanta coisa fora
E lendo teus bilhetes, eu penso no que fiz
Cartas e fotografias gente que foi embora.
A casa fica bem melhor assim

Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
Mas de bailarinos
E de você e eu.

Tendo a lua aquela gravidade aonde o homem flutua
Merecia a visita não de militares,
Mas de bailarinos
E de você e eu.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O Tempo


. . .
Eu que nunca discuti o amor

Não vejo como me render
Ah, será que o tempo tem tempo pra amar?
Ou só me quer tão só?
E então se tudo passa em branco eu vou pesar

A cor da minha angústia e no olhar

Saber que o tempo vai ter que esperar

E o tempo engatinhar
Do jeito que eu sempre quis
Se não for devagar
Que ao menos seja eterno assim


Trecho da música O Tempo da Banda Móveis Coloniais de Acaju

terça-feira, 7 de julho de 2009

Soneto de aniversário - Vinicius de Moraes

Passem-se as horas, dias, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos

Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.

Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.

E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece