segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Only When I Sleep - The Corrs

You're only just a dreamboat
Sailing in my head
You swim my secret oceans
Of coral blue and red
Your smell is incense burning
Your touch is silken yet
It reaches through my skin
Moving from within
Clutches at my breasts
But it's only when I sleep
See you in my dreams
Got me spinning round and round
Turning upside down
But I only hear you breathe
Somewhere in my sleep
Got me spinning round and round
Turning upside down
(Only when I sleep)
When I wake up from slumber
Your shadows disappear
Your breath is just a sea mist
Surrounding my body
I'm working through the day time
But when it's time to rest
I'm lying in my bed
Listening to my breath
Falling from the edge
It's only when i sleep
yeah, yeah, yeah, yeah...
It's only when i sleep
Until the sky
Where the angels fly
I'll never dieHigly dangerous
It's reaches through my skin
Moving from the within
Clutches at my breats
But it's only when i sleep
See you in my dream
Got me spinning round and round
Turning upside down
But i only hear you breathe
In the bed i lie
No needs to cry
My sleep crying
Higly dangerous

O Nosso Amor a Gente Inventa - Cazuza




O teu amor é uma mentira

Que a minha vaidade quer

E o meu, poesia de cego

Você não pode ver...


Não pode ver

Que no meu mundo

Um troço qualquer morreu

Num corte lento e profundo

Entre você e eu...


O nosso amor

A gente inventa

Prá se distrair

E quando acaba

A gente pensa

Que ele nunca existiu...


O nosso amor

A gente inventa

Inventa


O nosso amor

A gente inventa...


Te ver

Não é mais tão bacana

Quanto a semana passada

Você nem arrumou a cama

Parece que fugiu de casa...


Mas ficou tudo fora de lugar

Café sem açucar, dança sem par

Você podia ao menos me contar

Uma história romântica...


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Come Here - Kath Bloom

There's a wind that blows in from the north.

And it says that loving takes its course.

Come here. Come here.

No I'm not impossible to touch I have never wanted you so much.

Come here. Come here.

Have I never laid down by your side.

Baby, let's forget about this try.

Come here. Come here.

Well I'm in no hurry. you don't have to run away this time.

I know that you're timid.

But it's gonna be all right this time.

Vida Obscura - Cruz e Souza

Frida Kahlo,"Hospital Henry Ford", 1932
*
*
Ninguém sentiu o teu espasmo obscuro,
ó ser humilde entre os humildes seres.
Embriagado, tonto dos prazeres,
o mundo para ti foi negro e duro
*
*
Atravessaste no silêncio escuro
a vida presa a trágicos deveres
e chegaste ao saber de altos saberes
tornando-te mais simples e mais puro.
*
*
Ninguém te viu o sentimento inquieto,
magoado, oculto e aterrador, secreto,
que o coração te apunhalou no mundo.
*
*
Mas eu que sempre te segui os passos
sei que cruz infernal prendeu-te os braços,
e o teu suspiro como foi profundo!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Nem o Sol, Nem a Lua, Nem Eu - Maria Bethânia




Hoje eu encontrei a Lua

Antes dela me encontrar

Me lancei pelas estrelas

E brilhei no seu lugar


Derramei minha saudade

E a cidade se acendeu

Por descuido ou por maldade

Você não apareceu


Hoje eu acordei o dia

Antes dele te acordar

Fui a luz da estrela-guia

Pra poder te iluminar


Derramei minha saudade

E a cidade escureceu

Desabei na tempestade

Por um beijo seu


Nem a Lua, nem o Sol, nem Eu

Quem podia imaginar

Que o amor fosse um delirio seu

E o meu foi acreditar


Hoje o Sol não quis o dia

Nem a noite o luar.


Eu sei, o amor, eu sei

Não marqua hora nem lugar

Cansei, amor, cansei

A gente cansa de esperar


Hoje o Sol não quis o dia

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Norah Jones - Sunrise

Sunrise, sunrise
Looks like morning in your eyes
But the clock's held 9:15 for hours
Sunrise, sunrise
Couldn't tempt us if it tried
'Cause the afternoon's already come and gone
And I said
hooooo, oooooo, oooooo, oooooo
hooooo, oooooo, oooooo, oooooo
hooooo, oooooo, oooooo, oooooo
to you?
Surprise, surprise
Couldn't find it in your eyes
But I'm sure it's written all over my face
Surprise, surprise
Never something I could hide
When I see we made it through another day
And I say
hooooo, oooooo, oooooo, oooooo
hooooo, oooooo, oooooo, oooooo
hooooo, oooooo, oooooo, oooooo
to you?
And now the night
Will throw its cover down
mmmmm, on me again
Ooooh, and if I'm right
It's the only way to bring me back
hooooo, oooooo, oooooo, oooooo
hooooo, oooooo, oooooo, oooooo
hooooo, oooooo, oooooo, oooooo
to you?
hooooo, oooooo, oooooo, oooooo
hooooo, oooooo, oooooo, oooooo
hooooo, oooooo, oooooo, oooooo
to you?

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

A Carlos Drummond de Andrade...



“Não há guarda-chuva

contra o poema

subindo de regiões onde tudo é surpresa

como uma flor mesmo num canteiro.


Não há guarda-chuva

contra o amor

que mastiga e cospe como qualquer boca,

que tritura como um desastre.


Não há guarda-chuva

contra o tédio:

o tédio das quatro paredes, das quatro

estações, dos quatro pontos cardeais.


Não há guarda-chuva

ontra o mundo

cada dia devorado nos jornais
sob as espécies de papel e tinta.


Não há guarda-chuva
contra o tempo,

rio fluindo sob a casa, correnteza

carregando os dias, os cabelos.”
João Cabral de Melo Neto

AMEMOS - Castro Alves



"Oh! amar é viver... Deste amor santo

— Taça de risos, beijos e de prantos

Longos sorvos beber...

No mesmo leito adormecer cantando...

Num longo beijo despertar sonhando...

Num abraço morrer.


Amemos! pois. Se sofres terei prantos,

Que hão de rolar por terra tantos, tantos,

Como chora um irmão.

Hei de enxugar teus olhos com meus beijos,

Escutarás os doces rumorejes

D'ave do coração.


Depois... hei de encostar-te no meu peito,

Velar por ti — dormida sobre o leito —

Bem como a luz no altar.


Não tardes tanto assim... Esquece tudo...

Amemos, porque amar é um santo escudo,

Amar é não sofrer.

Eu não posso ser de outra... Tu és minha,

Almas que Deus uniu na balça edênea

Hão de unidas viver.


Meu Deus!.. Só eu compreendo as harmonias,

De tua alma sublime as melodias

Que tens no coração.

Vem! Serei teu poeta, teu amante..

Vamos sonhar no leito delirante

No templo da paixão...."

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Para se roubar um coração - Luís Fernando Veríssimo




Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade,
tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto,
não se alcança o coração de alguém com pressa.
Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente,
apoderar-se dele aos poucos, com cuidado.
Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade,
teremos que furtá-lo, docemente.
Conquistar um coração de verdade dá trabalho,
requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos,
aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança.
É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.
Para se conquistar um coração definitivamente tem que ter garra e esperteza,
mas não falo dessa esperteza que todos conhecem,
falo da esperteza de sentimentos,
daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.
Quando se deseja realmente conquistar um coração,
é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso,
é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes,
que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido
e aceitar cada espaço vago.
...e então,
quando finalmente esse coração for conquistado,
quando tivermos nos apoderado dele,
vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco.
Uma metade de alguém que será guiada por nós
e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração.
Eles sofrerão altos e baixos sim,
mas com certeza haverá instantes,
milhares de instantes de alegria.
Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que?
Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.
Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio,
esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria,
sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava.
... e é assim que se rouba um coração, fácil não?
Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade,
a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então!
E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora
que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém...
é simples...
é porque elas não possuem mais coração,
eles foram roubados, arrancados do seu peito,
e somente com um grande amor ela terá um novo coração,
afinal de contas, corações são para serem divididos,
e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.

Vai Passar - Chico Buarque




Vai passar

Nessa avenida um samba popular

Cada paralelepípedo

Da velha cidade

Essa noite vai

Se arrepiar

Ao lembrar

Que aqui passaram sambas imortais

Que aqui sangraram pelos nossos pés

Que aqui sambaram nossos ancestrais

Num tempoPágina infeliz da nossa história

Passagem desbotada na memória

Das nossas novas gerações

Dormia

A nossa pátria mãe tão distraída

Sem perceber que era subtraída

Em tenebrosas transações

Seus filhos

Erravam cegos pelo continente

Levavam pedras feito penitentes

Erguendo estranhas catedrais

E um dia, afinal

Tinham direito a uma alegria fugaz

Uma ofegante epidemia

Que se chamava carnaval

O carnaval, o carnaval

(Vai passar)

Palmas pra ala dos barões famintos

O bloco dos napoleões retintos

E os pigmeus do bulevar

Meu Deus, vem olhar

Vem ver de perto uma cidade a cantar

A evolução da liberdade

Até o dia clarear

Ai, que vida boa, olerê

Ai, que vida boa, olará

O estandarte do sanatório geral vai passar

Ai, que vida boa, olerê

Ai, que vida boa, olará

O estandarte do sanatório geral

Vai passar
Esta letra foi retirada do site www.letrasdemusicas.com.br

Poema De Uma Quarta-Feira De Cinzas



Entre a turba grosseira e fútil
Um pierrot doloroso passa.
Veste-o uma túnica inconsútil
feita de sonho e de desgraça...

o seu delírio manso agrupa
atrás dele os maus e os basbaques.
Este o indigita, este outro apupa...
indiferente a tais ataques,

Nublaba a vista em pranto inútil,
Dolorosamente ele passa.
veste-o uma túnica inconsútil,
Feita de sonho e de desgraça...
(Manuel Bandeira)

Soneto de Carnaval - Vinicius de Moraes



Distante o meu amor, se me afigura

O amor como um patético tormento

Pensar nele é morrer de desventura

Não pensar é matar meu pensamento.


Seu mais doce desejo se amargura

Todo o instante perdido é um sofrimento

Cada beijo lembrado uma tortura

Um ciúme do próprio ciumento.


E vivemos partindo, ela de mim

E eu dela, enquanto breves vão-se os anos

Para a grande partida que há no fim


De toda a vida e todo o amor humanos:

Mas tranqüila ela sabe, e eu sei tranqüilo

Que se um fica o outro parte a redimi-lo.

Soneto de Quarta-feira de Cinzas - V. Moraes



Por seres quem me foste, grave e pura

Em tão doce surpresa conquistada

Por seres uma branca criatura

De uma brancura de manhã raiada


Por seres de uma rara formosura

Malgrado a vida dura e atormentada

Por seres mais que a simples aventura

E menos que a constante namorada


Porque te vi nascer de mim sozinha

Como a noturna flor desabrochada

A uma fala de amor, talvez perjura


Por não te possuir, tendo-te minha

Por só quereres tudo, e eu dar-te nada

Hei de lembrar-te sempre com ternura.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Busque Amor Novas Artes, Novo Engenho - Luís de Camões



Busque Amor novas artes, novo engenho
Pera matar-me, e novas esquivanças,
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.


Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.


Mas, enquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê,


Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como e dói não sei porquê.

Eu velejava em você - Zizi Possi




Eu velejava em você

Não finja!

Como coisa que não me vê

E foge de mim...

A boca tremia,

Os olhos ardiam

Oh! Doce agonia

Oh! Dor de viver

De ver sua imagem

Que eu nunca via

Sua boca molhada

Seu olhar assanhado

Convite pra se perder

Minha alma cansada

Não faz cerimônia

Você pode entrar sem bater

Pois eu já velejei em você

E foi bom de doer

Mas foi, como sempre, um sonho

Tão longe, risonho

Sinto falta,

Queria lhe ver...