segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Espaço para o humor





Vocês precisam visitar Os malvados eles são o que há de divertido no humor negro.
Todos os créditos ao trabalho de André Dahmer, o Autor.




Bilhetinho de despedida

Preciso entender e você também. Nesse momento não cabemos mais nas nossas vidas. A cada encontro casual, a cada conversa despretensiosa, você faz ou diz algo que me entristece. E nem é que eu não te ame mais, nem é para deixar de te amar. Por que sei que o que realmente importa estará preservado para sempre. Simplesmente estamos vibrando fora do ritmo. Eu precisava te falar como me sinto, sem te dizer nada. Acho que não precisamos de muitas explicações. Nem acho que você deveria me perguntar nada. Nem mesmo se questionar sobre nada. Apenas deixe... deixe que eu pare de me incomodar com tudo e volte ao nosso ritmo normal.

Overjoyed - Stevie Wonder



Over time
I've been building my castle of love
Just for two
Though you never knew you were my reason

I''ve gone much too far
For you now to say
That I've got to throw
My castle away

Over dreams
I have picked out a perfect come true
Though you never knew it was of you I've been dreaming

The sand man has come
From too far away
For you to say come
Back some other day

And though you don't believe that they do
They do come true
For did my dreams
Come true when I looked at you
And maybe too if you would believe
You too might be
Overjoyed
Over love
Over me

Over hearts
I have painfully turned every stone
Just to find
I have found what I've
searched to discover

I come much too far
For me now to find
The love that I sought
Can never be mine

And though you don't believe that they do
They do come true
For did my dreams
Come true when I looked at you
And maybe too if you would believe
You too might be
Overjoyed
Over love
Over me

And though the odds say improbable
What do they know
For in romance
All true love needs is a chance
And maybe with a chance you will find
You too like I
Overjoyed
Over love
Over you

Over you

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

As Cinco Coisas...



Ganhei a indicação do fofo do Danilo, mento do blog Eu sou a mente fervorosa. Respeitando a idéia:

As cinco coisas das quais mais me arrependo:

1- Não ter estudado mais para ser Engenheira Mecatrônica (era meu sonho aos 17 anos, mas do que sabem meninas de 17 anos? ^^);

2- Ter aceitado trabalhar mais de 12 horas por dia de bom grado (começou em 2005 e me persegue até hoje :p);

3- Do beijos que Não deixei de roubar (alguns beijos roubado me deram muito trabalho, isso por que sempre fui muito impulsiva);

4 - Dos desaforos que disse a meu pai (foram poucos, deveria ter dito muito mais);

5 - Das cartas que não remeti em todos essas anos de existência na terra (um dia eu mando todas);

Eu não gosto de ser cativa do arrependimento. Mesmo me magoando muitas vezes, uma explosão de lamentação basta. A vida é curta demais para passar o tempo regando amarguras. Tropeça, caí chora, levanta para cair de novo até aprender a andar direito... =p


Mais Alguém - Roberta Sá

Não sei se é certo pra você
Mas por aqui já deu pra ver
Mesmo espalhados ao redor
Meus passos seguem um rumo só.

E num hotel lá no Japão
Vi o amor vencer o tédio
Por isso a hora é de vibrar
Mais um romance tem remédio

Não deixe idéia de não ou talvez
Que talvez atrapalha
Não deixe idéia de não ou talvez
Que talvez atrapalha.

O amor é um descanso
Quando a gente quer ir lá
Não há perigo no mundo
Que te impeça de chegar.

Caminhando sem receio
Vou brincar no seu jardim
De virada desço o queixo
E rio amarelo.

Agora é hora de vibrar
Mais um romance tem remédio
Vou viajar lá longe tem
O coração de mais alguém.

Não deixe idéia de não ou talvez
Que talvez atrapalha
Não deixe idéia de não ou talvez
Que talvez atrapalha.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

... apenas um desabafo.

Hoje eu tive um vislumbre do meu futuro: 45 anos, com um salário razoável, solteira, consumidora de toda sorte de psicotrópicos para dá apoio a idéia de que todas as minhas escolhas foram corretas.


Em uma das comunidades que participo no Orkut existe um tópico para fazermos resumo da nossa biografia, do qual nunca tive coragem de participar pela certeza de que todas as mudanças na minha vida foram movidas pela revolta... e nada de revolta altruísta daquela que salva nações do cárcere do governo opressor ou milhares de crianças do trabalho escravo. A minha revolta era por puro individualismo, opção pela sobrevivência. Luta para me livrar dos problemas causados pelas opções erradas dos outros para minha vida e depois das minhas próprias. O que, decididamente, me tornou má companhia. Má companhia não no sentido de pessoa desagradável, mas no sentido de condutora ao mau caminho. Aliás, eu odeio esse conceito social de bom caminho, bom comportamento, resignação que na maioria das vezes só encaminham as pessoas ao preconceito, sectarismo e frustração.


E por falar em frustração, estou com raiva. Estou com raiva por que não tem na minha proximidade nenhum exemplo feminino para me orgulhar nesse momento, muito menos no espelho. Minha empatia encontra-se anulada. Eu admito que as pessoas errem. É para isso que estamos na vida, para quebrar a cara. Eu só não compreendo quando você vive mais de uma vez, mais de três vezes, inumeráveis vezes, o mesmo erro. Uma pessoa que falhou com você num ponto, ela falhará inúmeras vezes naquele mesmo ponto.


Você pode me chamar de radical, só que a minha história nunca me mostrou nada que me dissuadisse dessa negra opinião. E nesse momento ver alguém tão próxima a mim cair no mesmo golpe, só me deixa com raiva da vítima, não do golpista.


E ontem mesmo eu estava conversando sobre estelionatos. Fica aquela sensação que a vida é como um filme. . . no momento a minha parece um filme do Almodóvar. Com caricaturas da realidade baseado em fatos estapafúrdios.


Talvez você não tenha entendido nada, talvez nem seja para entender... isso é apenas um desabafo.

A Agulha e a Linha - Machado de Assis


Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
— Deixe-me, senhora.
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Alicia Keys - Fallin'



I keep on falling
In and out of love
With you
Sometimes I love ya
Sometimes you make me blue
Sometimes I feel good
At times I feel used
Loving you darling
Makes me so confused

I keep on falling
In and out of love with you
I never loved someone
The way that I love you

Oh, oh , I never felt this way
How do you give me so much pleasure?
And 'cause me so much pain
Just when I think
I've taken more than would a fool
I start falling back in love with you


sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Um poema de amor - Charles Bukowski




Viviane Mosé


quem tem olhos pra ver o tempo soprando sulcos na pele soprando sulcos na pele soprando sulcos?

o tempo andou riscando meu rosto

Com uma navalha fina

sem raiva nem rancor

o tempo riscou meu rosto

com calma

(eu parei de lutar contra o tempo

ando exercendo instantes

acho que ganhei presença)


acho que a vida anda passando a mão em mim.

a vida anda passando a mão em mim.

acho que a vida anda passando.

a vida anda passando.

acho que a vida anda.

a vida anda em mim.

acho que há vida em mim.

a vida em mim anda passando.

acho que a vida anda passando a mão em mim


e por falar em sexo quem anda me comendo

é o tempo

na verdade faz tempo mas eu escondia

porque ele me pegava à força e por trás

um dia resolvi encará-lo de frente e disse: tempo

se você tem que me comer

que seja com o meu consentimento

e me olhando nos olhos

acho que ganhei o tempo

de lá pra cá ele tem sido bom comigo

dizem que ando até remoçando


Poemas do livro Pensamento do Chão, poemas em prosa e verso.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Autopsicografia - Fernando Pessoa



O poeta é um fingidor.

Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,

Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,

Esse comboio de corda

Que se chama coração.



27/11/1930

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Eu tenho um problema...




Eu tenho um problema.

Tem pedaços de você espalhados por todos os cantos da minha vida.

É como se meu corpo tivesse absorvido pedaços da sua alma fragmentada.

Agora não posso me quedar desprevenida

que sou surpreendida por coisas que estão dentro de mim,

me constituem,

mas são suas.

Aquela música,

aquele texto,

aquela foto,

aquela carta,

aquela vontade de saber,

de sentir,

de olhar bem de perto.

Eu tenho um problema.

Não sei deixar as pessoas passarem

sem capturar delas algo que me faça melhor.

sábado, 1 de agosto de 2009

Sobre verduras e legumes...



- Menina, eu adoro brócolis!


- Por quê? Eu acho tão normal, sem muito gosto.


- Pois eu acho uma delícia. Nem imaginava que algo com essa aparência fosse tão gostoso.


- Ahhhhh, eu acho que você sente pelo brócolis o que eu sinto pela acelga.


- Pode ser... você gosta?

- Adoro! Acelga picadinha na salada... hummm, que delícia!


- É mesmo. Muito diferente do chuchu. Pra que chuchu serve mesmo? Não é bonito, nem é gostoso.


- Só serve pra a pressão, mais nada.


- Ah, vocês estão falando sobre o repolho, neh? É, também gosto.


- Não, criatura, é sobre o brócolis e a acelga...


- Ah, eu gosto mesmo é de cenoura. Aqueles pedacinhos de Cenoura crua...


- Ah, não. Cenoura só ralada. Agora, se for no suco com beterraba... aí sim.


- Eca! Vocês gostam disso mesmo?


- Menina! Pela manhã aquele suco de beterraba com cenoura e laranja, geladinho...


- E picles?


- Sim, sim, picles! Picles de tudo, nessa vida.


- Menina! E o pepino? O pepino sim é útil e gostoso...


- hahahahaha hahahahaha hahahaha hahahahahaha





Diálogo customizado de uma conversa produtiva entre quatro amigas, no dia 24/07/2009, no Burburinho, entre cervejas, caipirinhas, caipiroscas, pasteis e um prato de filé com brócolis ^^ - Carolzita Gatona, Saration Pop Star, Ju Ama Picles Dolores e Chay Adoradora de Pepinos ;}

Maçã do Rosto - Djavan


Que é isso preta?
Não faça isso nao, não, não, não, não.

Esse seu chamego é bom demais para o meu coração.

Me ame devagarinho
Sem fazer nenhum esforço
Tô doido por seu carinho
Pra sentir aquele gosto
Que você tem na maçã do rosto
Que você tem na maça do seu rosto
Me ame devagarinho
Sem fazer nenhum esforço
Tô doido por seu carinho
Pra sentir aquele gosto
Que você tem na maça do rosto
Que você tem na maça do seu rosto
Vem morrer nesse beijo que eu vou te dar
Por você meu desejo aumentou e pode me matar
Vem morrer nesse beijo que eu vou te dar