sexta-feira, 4 de maio de 2007

Em homenagem a minha amiga Juju


O BEIJO [Manuel Bandeira]


Quando a moça lhe estendeu a boca

(a idade da inocência tinha voltado,

Já não havia na árvore maças envenenadas),

Ele sentiu, pela primeira vez, que a vida era um dom fácil

De insuputáveis possibilidades.
Ai dele! Tudo fora pura ilusão daquele beijo

Tudo tornou a ser cativeiro, inquietação, perplexidade:

- No mundo só havia de verdadeiramente livre aquele beijo.

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