Queria ter coragem de saber
O que me prende?
O que me paralisa?
Serão dois olhos
Negros como os teus
Que me farão cruzar a divisa
É como se eu fosse pr'um Vietnã
Lutar por algo que não será meu
A curiosidade de saber
Quem é você?
Dois olhos negros!
Dois olhos negros!
Queria ter coragem de te falar
Mas qual seria o idioma?
Congelado em meu próprio frio
Um pobre coração em chamas
É como se eu fosse um colegial
Diante da equação
O quadro, o giz
A curiosidade do aprendiz
Diante de você
Dois olhos negros!
Dois olhos negros
O ocultismo, o vampirismo
O voodoo
O ritual, a dança da chuva
A ponta do alfinete, o corpo nú
Os vários olhos da Medusa
É como se estivéssemos ali
Durante os séculos fazendo amor
É como se a vida terminasse ali
No fim do corredor
Dois olhos negros!
Dois olhos negros!
Dois olhos negros!
Dois olhos negros!
3 comentários:
Meu amor pelo Lenine é recente. Antes eu só gostava, de longe. E é culpa da Dô, que ama o Lenine desde que me lembro que somos amigas.
Essa música chamou minha atenção um dia desses. Mas recente ainda foi a percepção que o olhar intimidador do miguxo, combina bem com a proposta poética do artista.
Foi só unir a leitura útil com o visual agradável! ;]
Me parece uma perfeita união...
:)
:*
"Eu não alimento nenhuma ilusão
Eu não sou como o meu semelhante
Eu não quero entender
Não preciso entender sua mente
Sou somente uma alma em tentação
Em rota de colisão
Deslocada, estranha e aqui presente..." Lenine
Que olhar é esse gente!?!?!?!=D
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