domingo, 26 de outubro de 2008
Dois Olhos Negros - Lenine
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Provas de Amor - Paulo Miklos
Não deixo você ouvir
O que te traz sofrimento
Acabo de me trair
O que é que eu estou dizendo ?
Se é amor tem
Desencontros
Amar também
Um contra o outro
E lutar sempre
Por esse amor
Que morre e reascende
Melhor
Existem provas de amor
Provas de amor apenas
Provas de amor
Não existe o amor
Não existe o amor
Não existe o amor não existe
O amor
Apenas provas de amor
Acabo de me separar
Sem fazer alarde
Te ligo quando chegar lá
E te escondo a verdade
Nós vamos nos reconciliar
E você nem sabe
Desencontros
Amar também
Um contra o outro
E lutar sempre
Por esse amor
Que morre e reascende
E não tem fim
Combinamos
Destruir mas
Sempre estamos
Enganados
Vendo-o ressurgir
É você que eu amo
Existem provas de amor
Provas de amor apenas
Provas de amor
Não existe o amor
Não existe o amor
Não existe o amor não existe
O amor
Apenas provas de amor
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Um Conto de Fadas Imoral - O Trovador
Nunca mais fora à casa de sua avó depois do acontecido. Foi para a cidade com seu tio.
Chayenne abriu a mala que havia trago consigo e tirou uma longa capa vermelha que acompanhava um capuz. Era muito parecida com aquela da sua infância, porém ela não sabia o motivo deste sentimento estranho que pairava sobre sua cabeça. Lembrava de várias coisas e se lembrava que algo muito importante acontecera nesse seu passado obscuro, fazendo-a mudar para a cidade, só não sabia o que era. De alguma forma era tudo tão vago, tão distante, tão impossível. As poucas coisas que vinham à cabeça pareciam até conto de fadas. Nada parecia real.
Ela vestiu a sua capa vermelha e começou a andar pelo bosque. Perto dalí alguns lenhadores tiravam o que iria lhes servir.
- Ei! Ei você! Cuidado por onde anda, moça. Ah lobos rondando por aqui! - um dos lenhadores a advertiu.
- Tudo bem! Não se preocupe. Não é proibido cortas essas árvores?
- Er... Sim, mas alguns de nós temos licença para tirar um tanto para o nosso sustento. Aqui ainda não tem energia elétrica então somos obrigados a usar lareiras e fogões à lenha. Aqui não é como a cidade, de onde você parece ter vindo.
Chayenne pediu desculpas e o lenhador tornou a adverti-la sobre os lobos. Chay acenou e se despediu.
Sentia já ter visto essa cena antes. Oh sim! Já vira. Há muito tempo. Quando ela usava uma capa vermelha muito menor do que essa que sua avó havia feito. Como era? Qual era mesmo o nome? Oh sim! Capinha Vermelha... era assim que a chamavam. É mesmo! Lembrava-se enquanto caminhava distraidamente. Até sua mãe a chamava de Capinha.
Para onde ia agora? Dessa vez ela entrava na mata deliberadamente. Sua mãe não a proibia mais de fazer mais nada. Na verdade nem mãe ela tinha mais. Quando fora a última vez que a vira? Oh sim! Foi no caixão. Na verdade depois de ter saído com o tio para a cidade, ela nunca mais viu a mãe. Então num dia qualquer, como esses dias quaisquer em que a única coisa que se faz é trabalhar, seu chefe a chamou dizendo que ela recebera uma ligação importante de seu primo que tinha ido visitar a mãe de Chayenne. Ele trazia notícias. Má notícia. A mãe dela havia morrido.
Agora dois anos após a morte de sua mãe, Capinha retornou a este estranho lugar, onde os fantasmas do seu estranho e fantasioso passado a aguardavam.
E para onde ia? Levar doces para alguém? Sua avó já morrera. Não tinha mais ninguém. Leva uma cesta sim, mas não com doces apenas. As folhas batiam umas nas outras ao soprar do vento deixando a mata ainda mais tenebrosa.
Lembrou-se da adolescência. Tornou-se uma garota libidinosa. Foi pega inúmeras vezes fazendo o que não devia dentro da escola. Levou incontáveis palmatórias. Foi expulsa várias vezes. Sentia-se um lobo faminto. Tirou a virgindade do primo. E do primo do primo. Para ela era tudo uma festa. Até que seu lobo interior adormeceu e junto com ele o seu fogo foi ficando pequeno. Jamais apagou, mas tornou-se, de uma floresta em chamas, uma pequena vela que é colocada ao lado das camas para iluminar a noite quando faltava luz elétrica em casa.
Agora tudo parecia mudar. Sentia seu lobo acordar novamente. Mas parecia que ele tinha saído de dentro dela. Algo muito estranho acontecia. Uma lembrança do passado? Um passado negro? Não sabia.
"Oh Capinha, tira tua roupa e deita-te aqui comigo, sua avózinha"*
"Mas que grandes olhos são esses teus?"
"São para melhor te enxergar"
"E esses braços, também, tão grandes?"
"São para melhor te abraçar"
"E essa tua boca tão grande?"
"É para te comer!"
Ouviu-se um uivo e Chayenne acordou de seus estranhos pesadelos extremamente assustada. Estava encostada numa árvore. Olhou em volta e começou a ver sombras, vultos muito estranhos. Um medo assolava sua mente, mas um calor inebriante aquecia todo o seu corpo. De onde vinha esse calor. Não sabia. Logo ela viu a sombra de um lobo, mas logo essa sombra mostrava algo anormal: o lobo parecia ficar de pé.
O medo de Capinha diminuía pouco a pouco ao mesmo tempo em que o calor aumentava. O lobo pô-se a frente à mulher. Ele ofegava. E logo perguntou aonde ela iria. Capinha fitou o lobo com o mesmo olhar que tinha na adolescência, e então descobriu de onde vinha todo esse seu fogo, abriu um largo sorriso e finalmente respondeu lambendo os lábios:
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
A Primavera - Carlos Lyra
O meu amor sozinho
é assim como um jardim sem flor
Só queria poder ir dizer a ela
Como é triste sentir saudade
É que eu gosto tanto dela
Que é capaz dela gostar de mim
E acontece que eu estou mais longe dela
Que a estrela a reluzir na tarde
Estrela, eu lhe diria
Desce a terra, o amor existe
E a poesia só espera ver
Nascer a primavera
Para não morrer
Não há amor sozinho
É juntinho que ele fica bom
Eu queria dar-me todo o teu carinho
Eu queria ter felicidade
É que o meu amor é tanto
Um encanto que não tem mais fim
No entanto ele nem sabe que isso existe
É tanto triste se sentir saudade
Amor eu lhe direi
Amor que eu tanto procurei
Ah quem me dera Eu pudesse ser
A tua primavera
E depois morrer
domingo, 12 de outubro de 2008
You Are My Sunshine
You make me happy when skies are grey
You'll never know dear how much I love you
Please don't take my sunshine away
The other night dear as I laid sleeping
I dreamed I held you in my arms
When I awoke dear I was mistaken and
I hung my head and cry
I'll always love you and make you happy
if you will only say the same
But if you leave me to love another
you'll regret it all some day
You told me once dear
you really loved me and
no one else could come between
But now you've left me and love another
you have shattered all my dreams
You are my sunshine my only sunshine...
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Eu e a vida - Jorge Vercilo
Vem me pedir
além do que eu posso dar
É aí que o aprendizado está
Vem de onde não sonhei
me presentear
Quando chega o fim da linha
e já não há aonde ir
Num passe de mágica
A vida nos traz sonhos pra seguir
Queima meus navios
pr'eu me superar
as vezes pedindo
que ela vem nos dar
o melhor de si
E quando vejo,
a vida espera mais de mim
mais além, mais de mim
O eterno aprendizado é o próprio fim
Já nem sei se tem fim
De elástica, minha alma dá de si
Mais além, mais de mim
Cada ano a vida pede mais de mim
mais de nós, mais além
Vem me privar pra ver
o que vou fazer
Me prepara pro que vai chegar
Vem me desapontar
pra me ver crescer
Eu sonhei viver paixões, glamour
Num filme de chorar
Mas como é Felini, o dia-a-dia
Minha orquestra a ensaiar
Entre decadência e elegância,
zique-zaguear
Hoje, aceito o caos.
E quando vejo,
a vida espera mais de mim
mais além, mais de mim
O eterno aprendizado é o próprio fim
Já nem sei se tem fim
De elástica, minha alma dá de si
Mais além, mais de mim
Cada ano a vida pede mais de mim
mais de nós, mais além
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Samba e Leveza - Lenine
Foi na leveza
Só sentimento
E me entregou suas palavras
Como quem dava um pedaço
Delicadeza foi
Disse ao meu coração
E ela me deu a intenção
Do samba que eu não fiz
Ô, sambá
É o que eu quero sentir
Ô, sambá
Quando eu te ver sorrir
Ô, sambá
Coisa melhor que eu fiz
Mundo caiu no samba
Na hora que eu te vi
Você me batucou
Skindô meu coração
Quando eu te vi
Sambar assim
Aqui neste lugar
Onde este mesmo sol
Costuma aparecer
E a lua vem ouvir
O som estéreo do mar
Ô, sambá
Venha me dar seu amor
Ô, sambá
Que eu sambo aonde for
Ô, sambá
É o tempo certo de ser
E eu sambaria o mundo
Só pra encontrar você
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Mais Que Isso - Ana carolina e Chico César
Eu não vou gostar de você porque sua cara é bonita
O amor é mais que isso
O amor talvez seja uma música que eu gostei e botei numa fita
Eu não vou gostar de você porque você acredita
O amor é mais que isso
O amor talvez seja uma coisa que até nem sei se precisa ser dita
Deixa de tolice, veja que eu estou aqui agora
inteiro, intenso, eterno, pronto pro momento e você cobra
Deixa de bobagem, é claro, certo e belo como eu quero
O corpo, a alma, a calma, o sonho, o gozo, a dor e agora pára
Será que é tão difícil aceitar o amor como é
E deixar que ele vá e nos leve pra todo lugar
Como aqui
Será melhor deixar essa nuvem passar
E você vai saber de onde vim, aonde vou
E que eu estou aqui
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Mistério Escancarado - Juliana Santos
-Conheço-a muito bem!!!
Ela muda todos os dias, e é a mesma... Nunca será o tipo de mulher a quem se diga
“ Continue sempre assim”...até porque, mesmo que fosse possível ela não quereria...enjoaria de si mesma!
Ao longo da semana pensei em coisas ótimas pra escrever pra ela nesse dia...não pude faze-lo...e aquelas coisas legais que eu pensei, frases bem construídas se perderam na minha mente anuviada...
Resta dizer aquelas coisas que ela já sabe, ou espero que saiba...
Eu a amo muito...de um amor de irmã preferida... Quero tanto bem a ela quanto quero a mim mesma...Espero estar com ela em seus momentos cruciais e poder ser sempre uma boa amiga...tipo casamento...na alegria e na tristeza, sem aquele negócio da morte nos separando...
Posso dizer que praticamente todas as coisas boas que aconteceram comigo recentemente tiveram a ajuda dela...Mais que isso...ela me obriga a fazer o melhor pra mim... Me mostra as coisas mais interessantes... Desperta o gosto por café... Traz novos e deliciosos vícios pra vida diária... Traz os melhores amigos...
Ter lugar VIP no coração dela é uma grande alegria... Tornei-me sócia GOLD e não deixarei de ser jamais...ela tem a minha torcida organizada...Estarei sempre lá balançando os pompons *\0/* *\0/* *\0/* *\0/* *\0/* *\0/* *\0/* *\0/* *\0/* *\0/* *\0/* *\0/* *\0/* *\0/*
Vinte e Nove - Renato Russo
01 de outubro de 2008
Vinte e nove anos. Quem diria? Se tivesse sido entrevista há dez anos, com todo entusiasmo que o desconhecimento permite, certamente afirmaria que esse seria um acontecimento feliz. Resolveu não lembrar os objetivos traçados na época, já bastava não se sentir.
“Uma mulher precisa de certas coisas para se reconhecer fêmea” - essas manchas eram desestimulantes. Nada de maquiagem, estava impedida de colocar a máscara social cabível a este dia de suposta comemoração. Nada de roupas exuberantes, precisa cobri-se, para não expor ao sol, nem ao outros as marcas escarlates da sua frustração. Nada de fotos, reuniões e risos. Impossível se animar. Poderia recorrer à fé, se esta já não tivesse se desconectado de sua alma para um passeio, não avisou se voltava.
Não restaram muitas opções, foi encarar o mundo com a parca disposição que tinha. Arriscou manter a esperança na passagem rápida do tempo. “No futuro talvez isso tudo seja apenas uma má recordação” – assim consolou em vão seu coração infeliz enquanto caminhava.